Ofícios para afinco na investigação da morte do Agente “Harrison” são protocolados

Secretarias da Administração Penitenciária e da Segurança Pública são oficiadas quanto a morte do AEVP Harrison.

O SINDESPE, representante legal e exclusivo da categoria dos agentes de escolta e vigilância penitenciária no uso de suas atribuições auferidas, intercede aos secretários de administração penitenciária e da segurança pública do estado para que como de costume faça gestão quanto a investigação sobre a morte do AEVP Harrison da Silva morto em uma ação policial no último final de semana em Itapira-SP.

Como entidade representativa da classe dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária – AEVPs o encaminhamento objetiva a busca pela justa elucidação do caso, onde alguns pontos causam estranheza a esta entidade representativa, os quais elencamos:

1. Harrison era estudante universitário, de convívio pacífico, jamais apresentou qualquer documento médico que atestasse problemas psíquicos. Seus colegas de moradia afirmam que o mesmo nunca fez uso de medicamentos e tinha uma saúde perfeita. O que faz com o surgimento do medicamento no carro seja considerado objeto estranho a vida do agente;
2. Conhecedor das normas de segurança, ainda que sob efeito traumático do acidente, fugia ao perfil do agente responder a uma guarnição da segurança pública sem verbalizar, apenas efetuando um disparo;
3. A munição alojada na viatura atingiu o vidro da viatura e posteriormente alojou-se no teto, o que leva a entender que o disparo não foi feito por uma pessoa de pé. Assim sendo, é muito estranho ele ter se deitado para poder atirar contra os policiais que o abordaram e só depois os policiais revidarem. Há um áudio em que o policial informa que vai verificar se a viatura foi atingida. Como não saber disso se ao se aproximarem de acordo com seus próprios relatos foram alvejados atingindo o vidro da mesma?;
4. Mesmo sendo ele (Harrison) o autor do primeiro e único disparo, injustifica-se o excesso de tiros feitos contra a vítima, já que mais de 30 tiros foram efetuados pelos dois policiais da ocorrência;
5. Dos disparos que o alvejaram nenhum atingiu a região frontal do seu corpo, todos eles foram pelas costas e lateral, o que pode até configurar uma execução sumária, sem que a vítima oferecesse risco aos policiais;

O SINDESPE não consegue ver dolo na ação policial que vitimou o honrado AEVP Harrison, mas classifica a ação relatada no boletim, como desastrosa e considera o fato como uma tragédia para a segurança pública.

Esperamos que esse caso assim seja analisado e a justiça seja feita, nada além da justiça, pois era arrimo de família e a mãe não pode ter a honra de seu filho banalizada, já que a vida dele ela não terá mais – Antonio Pereira Ramos, presidente do SINDESPE.

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