Aposentados serão reconhecidos como policiais penais, diz DGPP
Anúncio foi feito durante reunião na sede da Polícia Penal e responde à mobilização feita na Alesp
Representantes da Polícia Penal participaram, na tarde desta quinta-feira (13/3), de uma reunião com o Diretor-Geral da Polícia Penal, Rodrigo Santos Andrade, para discutir a estruturação da Polícia Penal e apresentar as demandas da categoria. Foi uma reunião muito produtiva que já trouxe perspectivas animadoras para os policiais penais de São Paulo. A correção da nomenclatura para aposentados já foi analisada pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e deve ocorrer já em abril. Essa vitória é resultado da mobilização dos sindicatos e graças a isso a questão foi resolvida sem necessidade de ação judicial. Os aposentados serão considerados policiais penais em São Paulo.
A principal reivindicação apresentada ao DGPP se refere às condições de trabalho, ao excesso de trabalho e ao tratamento dado pelos gestores aos policiais penais. O DGPP afirmou que trabalha na montagem de um cronograma para suprir o deficit e ressaltou que haverá um concurso para 1.100 vagas.
No encontro foram apresentadas evoluções concretas que estão por vir para a categoria, com prioridade para o nivelamento de todos os policiais penais, a atualização das normas da SAP e o novo uniforme, que já foi escolhido. Será definido um cronograma de implementações que será apresentado em breve e está prevista a revisão da regulamentação sobre o uso de barba. Outros assuntos tratados foram a carga horária, a funcional, a questão dos cargos de segurança, Dejep, acautelamento de armas e a LPT.
O encontro debateu a atualização dos Procedimentos Operacionais Padrão, a expansão das intervenções táticas e das atividades de inteligência, treinamento de escolta para policiais penais femininas, cursos de integração das carreiras, a atualização das Normas Gerais de Ação, plano de segurança e identidade visual da Polícia Penal.
A avaliação é que, embora as mudanças feitas sejam graduais, é perceptível que há um compromisso da direção com as reivindicações da categoria. Quando a negociação é feita com alguém que entende da Polícia Penal, a situação evolui. O DGPP pediu um pouco de paciência aos policiais, mas destaca que as melhorias estão sendo trabalhadas de forma profissional, dentro de um cronograma de implementação.
Feppol
Após a reunião, os presidentes do Sinppenal (Sifuspesp), Sindpenal (Sindesp) e Sindppesp (Sindasp) se uniram e criaram a Frente Paulista da Polícia Penal (Feppol). O objetivo, explica Antônio Pereira Ramos, é unificar a luta da categoria. “O próximo passo da frente é fazer uma assembleia sobre a campanha salarial para aprovação da pauta conjunta”, avalia Antônio.
Valdir Branquinho, presidente do Sindppesp, destacou a importância do reconhecimento dos aposentados como policiais penais e destacou a importância de uma luta conjunta. “A primeira coisa que eu quero destacar é que os aposentados serão reconhecidos como policiais penais no holerite provavelmente a partir de abril”, resume.
Fábio Jabá Presidente do SINPPENAL afirmou que a união das três entidades atende aos anseios da categoria pela unidade na luta. “Temos um árduo caminho pela frente para construir uma Polícia Penal forte e valorizada, e esse caminho se torna mais fácil com a união”, completou.
Abaixo direita para esquerda, Diretor Geral “PP” Dr º Rodrigo, Fabio Jaba, Antonio Pereira, Valdir Branquinho.